quarta-feira, 10 de abril de 2013

O homem atrás do sorriso




    Mas ele era bonzinho. E (des) com nexo. Jamais havia provado a candura, o mel das abelhas, um abraço paterno. Tinha o sorriso mais bonito, o mais sincero e o mais mentiroso. Escondia todas as feridas do peito atrás do sorriso. Não era o homem atrás do bigode, mas o homem detrás do sorriso. E também sério, e também simples, mas fraco. Enquanto vestido do sorriso, não chorava, mas, quando se despia, as lágrimas escorriam pelo rosto. Delineavam saudades de um tempo que não viveu, de carinho que não sentiu, de amores que não o amaram.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Rise up, lotus!




     Não acho que precisamos de um fim de ano pra renovarmos nosso espírito e unirmos forças, deveríamos fazer isso todas as vezes que levantamos da cama para encaramos de peito um dia árduo, ou encararmos apenas um dia. Não obstante, eu gosto dessa representação de fim de ano: e se é bobo aquele que acredita em crenças, bobo eu sou, porque me visto de branco, gosto de alterar a cor da cueca, brindo com champanhe no primeiro segundo do ano novo. E por que eu não posso acreditar?! Sou também feito de crenças. 
    Hoje eu li um trecho interessante sobre a crença de fim de ano, que julga genial aquele que teve a ideia de dividir o tempo, pois industrializou a esperança. Não sei de quem é a autoria, li em alguns lugares que era de Drummond, mas em outros negavam; importa, mas, no momento, não vem ao caso. O “acreditar” move o ser humano, então, deixe-o acreditar! Eu acredito! Eu espero ser uma pessoa melhor ano que vem, e que isso me traga mais realizações que 2012 me trouxe! Foi um ano sofrido, mas que eu superei, e se não é do sofrimento que extraímos forças, de onde é?! Hoje, sou muito mais forte!